domingo, 27 de maio de 2012

Mostra Black está de volta



A Mostra Black estreou em 2011 com muito sucesso. A segunda edição não poderia ser diferente. A mostra remete ao luxo, sofisticação e exclusividade, consolidando-se como a principal vitrine brasileira de tendências da decoração e do design.
Este ano, a mostra acontece em uma casa modernista da década de 60, localizada no bairro Alto de Pinheiros (São Paulo/SP). Serão 22 ambientes, distribuídos em 5.100m², decorados pela nata da arquitetura, design de interiores e paisagismo brasileira. Além dos profissionais que participaram do evento no ano passado - Alex Hanazaki, Ana Maria Vieira Santos, Dado Castello Branco, David Bastos, Fernanda Marques, João Armentano, Jorge Elias, Luiz Carlos Orsini, Murilo Lomas, Renata Seripieri, Roberto Migotto e Sig Bergamin - foram convidados André Piva, Beto Galvez, Nórea de Vitto, Christina Hamoui, Débora Aguiar, Gilberto Elkis, Guilherme Torres, Marina Linhares, Rodrigo Almeida, Rodrigo Oliveira e a Triplex Arquitetura.
Os ambientes impressionam pelo tamanho, chegando a ter até 800m² cada. Pelas fotos que vi, a mostra está um pouco menos “conceitual” que a do ano passado. Vejam alguns detalhes dos espaços e tirem suas próprias impressões:


 O paisagista Alex Hanazaki criou o espaço Hana Zaki, que tem 800m². Foram utilizadas
 1.200 mudas de bambu e muitas pedras. Duas cerejeiras Okinawa surgem do espelho d’água. Há ainda um deck feito com restos de madeira e luminárias de chão de LED.
Na área da piscina, com 400m², Gilberto Elkis criou o Jardim Exótico Tropical. O paisagista utilizou palmeiras Fênix e Areca, Cycas, arbustos de Manacá da Serra, pândanos veitchii, lírios amarelos, Comigo ninguém pode, Costela-de-Adão e grama preta. O mobiliário, fabricado artesanalmente com cordas náuticas, é da Tidelli, que aqui em Belém é exclusividade da Galeria Marmobraz.


Uma casa contemporânea (225 m²) é o ambiente de Ana Maria Vieira Santos. Com um ar essencialmente masculino, a casa possui sala com adega (para 200 garrafas), mesa-bar e mesa de jogos. As fotos usadas são de viagens da própria arquiteta. Um jardim externo com espelho d'água de 100 m², também integra o espaço.
O Loft Gourmet de André Piva ocupa uma área de 100m². O living é a estrela do espaço e fica aberto para a sala de jogos e a sala de jantar. O arquiteto utilizou tons de azul e camurça nos móveis e parede. O piso recebeu uma resina espanhola. A cozinha planejada é da marca alemã Leicht, com acabamento laqueado preto e carvalho natural.


Christina Hamoui se inspirou no pintor holandês Piet Mondrian para criar o Bike Lover Studio. Vermelho, amarelo e azul aparecem por todos os cantos. Nas paredes e no teto, revestimento de madeira cinza, contrastando com a chaise amarela de balanço, da Atrium.
Beto Galvez e Nórea de Vitto assinam a Sala da Colecionadora. A iluminação é tênue, como em uma galeria de artes. A base do projeto é neutra, com tons off White. A pintura da parede imita pergaminho. As mesas de centro foram desenhadas especialmente para o ambiente. O abajur é da década de 70 e todas as obras de arte são da Galeria Leme.

A Sala da Piscina de Dado Castello Branco tem espaço para leitura e salão de jogos. O piso é em limestone e as paredes e forro foram revestidos com madeira carvalho americano tingida de vermelho. Nos móveis predominam o bege e cinza. A iluminação do teto chama atenção. As obras de arte são da galeria Arte Edições.
O rock foi a inspiração de Fernanda Marques para o living com pé-direto duplo. O ambiente Goes Rock Too é pouco convencional, abusando de peças de design, obras de arte contemporâneas e guitarras. A arquiteta utilizou mármore e espelho nas paredes e no piso.


O estar de praia (66m²) criado por David Bastos tem um ar meio navy, principalmente em função dos estofados, que receberam capa de linho branco, das réplicas de barcos e corais, que ficam espalhadas pelo espaço, e do tapete azul da By Kamy. Em contraponto ao estilo marítimo, o banheiro é inteiramente revestido com painéis de MDF laqueados na cor vermelho. A lacca vermelha também aparece na cozinha que tem assinatura da Ornare.

Idealizado para um DJ, o Living Contemporâneo de Guilherme Torres tem um ar meio moderninho. A “pick up” fica sob uma mesa Luis XV. O destaque do espaço, que tem 80m² e pé direito de 4m, é um sofá capitonê com 5m de comprimento. Paredes de microcimento e mármore branco convivem com objetos contemporâneos, retrô e muitos discos.
João Armentano não poderia ficar de fora da Mostra Black. Ele projetou o Estar do Giardino, um espaço que procura seguir o estilo da residência que abriga o evento. O arquiteto utilizou piso de limestone, madeira padrão nogueira, estofado em shantung de seda, poltronas de couro, entre outros elementos. Destaque para o sofá Cipria, criado pelos cultuados irmãos Campana.

Marina Linhares ficou responsável pelo Gazebo, que tem cobertura em ripas de madeira e vidro. A arquiteta batizou o ambiente de “qualquer lugar”, pois acredita que ele poderia estar na cidade, no campo ou na praia. Integrado a este espaço há um jardim de inverno, com uma vasta vegetação circundante.
O estilo clássico predomina na Sala Íntima criada por Jorge Elias. Ele aproveitou uma parede de mármore lilás original da casa. Os tons pasteis predominam no ambiente, como o marrom e o salmão. Estofados em veludo e cadeiras Luis XV também foram utilizados.



O Jardim de entrada da residência ficou a cargo de Luiz Carlos Orsini. Um caminho de placas de mármore travertino bruto liga até a área de lounge. Dentre as espécies vegetais estão Aloe thraskii, Zamia furfuracea, Dracaena draco e Dion spinulosum.
O paisagista Rodrigo Oliveira criou a Praça na Mata, com 600m². A inspiração foram as florestas tropicais do Brasil, com espécies comuns como palmito, açaí, filodendros e cyclantus. O piso é em Concresteel e a iluminação em LED.


O restaurante da Mostra foi projetado por Renata Seripieri. Ele fica no centro de um jardim. A estrutura da cobertura traz um pergolado de madeira e vidro. O piso é em limestone e uma das paredes recebeu taipa de pilão.  Os móveis misturam banquetas de madeira maciça e cadeiras Bertoia.
Um dos ambientes que mais se destacam este ano é a Sala Pop (60m²) de Murilo Lomas. Ele mistura elementos clássicos e contemporâneos, além de texturas, cores e padronagens. O azul aparece no piso, parede e forro. Os quadros e objetos remetem a cultura pop, com destaque para obras de Beatriz Milhazes, os Gêmeos, Gerben Mulder e Vik Muniz. 


Elementos étnicos estão presentes no Lounge África Pop Rock criado por Roberto Migotto. O marrom e o bege estão por toda a parte, em couros, peles, veludos, mármores e madeiras. Em uma das paredes, uma grande moldura folhada a ouro. As poltronas com tachas remetem ao tema rock. Um piano de cauda também faz parte do ambiente de 100m².
Burle Marx foi o grande homenageado no Gabinete de Rodrigo Almeida. Os tons azul claro e acinzentado, utilizados no projeto, fazem referência aos painéis de azulejos criados pelo paisagista. Rodrigo utilizou peças exclusivas, muitas desenhadas por ele próprio, como uma mesa de couro verde.

A Sala com Lareira e Terraço (100 m²), de Sig Bergamin, pretende recriar a casa de um escritor que viveu no deserto da Califórnia, durante a década de 1960. O arquiteto utilizou couro, mármores, madeira, veludo, espelhos e peças decorativas de época, em tons como verde limão, laranja, roxo e coral.
A Triplex Arquitetura (Adriana Helú, Carolina Oliveira e Marina Torre Lobo) criou a recepção da Mostra Black. Logo na entrada, uma parede com milhares de pinos de madeira, que criam um efeito muito interessante. Piso e forro também são em madeira. Para contrastar com o ar rústico, móveis em espelho e revestimento chumbo no balcão.

A Mostra Black ficará aberta até 24 de junho.
Endereço: Rua Professor Fonseca Rodrigues, 664, São Paulo/SP
Horário: terças a sábados e feriados, das 11h30 às 21h30; domingos, das 11h às 19h30
Entrada: R$ 100

Fotos e informações: Uol, Casa e Jardim, Casa Vogue, Casa da Valentina e Site RG.

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